
Que os armários
Sejam sempre baixos,
Fartos de bolos macios,
Feitos com ovos e manteiga fresquinha,
Com raspinhas de limão, baunilha e chocolate,
Para despertar os perfumes das lembranças,
Do açúcar fininho como o pó dos sonhos.
Que se asse em forno bem quente
Desses de boca larga, e que fique por cima
Uma generosa casca dourada.
Que saia esse bolo fumegando de contente
E que se coloque à janela
Para esfriar rapidamente.
Que seja servido sem muito recato
Assim simplesmente no meio de um prato,
E que ao comê-lo, você só se lembre,
De ser criança e que a sua vida
Só seja de boas lembranças.
(Da Doce poeta Rachel D. Moraes)
Um comentário:
Não tem como não voltar a infânia.
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