Diário de uma mulher,esposa,mãe,dona de casa...enfim...de um ser humano único...rsrsrsrs...
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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Afinidade...


Afinidade é um dos poucos sentimentos
que resistem ao tempo e ao depois.
A afinidade não é o mais brilhante,mas o mais sutil,
delicado e penetrante dos sentimentos.
É o mais independente também.
Não importa o tempo, a ausência, os adiantamentos,
as distâncias, as impossibilidades.
Quando há a afinidade, qualquer reencontro
retoma a relação, o diálogo, a conversa,
o afeto no exato ponto em que foi interrompido.
Ter afinidade é muito raro.
Mas, quando existe não precisa
de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento,
irradia durante e permanece depois
que as pessoas deixarem de estar juntas.
Afinidade é ficar longe pensando parecido
a respeito dos mesmos fatos
que impressionam , comovem e mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavras.
É receber o que vem do outro com aceitação
anterior ao entendimento.
Afinidade é sentir com, não é sentir contra,
nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Sentir com é não ter necessidade de explicar
o que está sentindo.É olhar e perceber.
É mais calar do que falar, ou, quando é falar,
jamais explicar: apenas afirmar.
Afinidade é ter perdas semelhantes
e iguais esperanças.
É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades
exercidas quanto das impossibilidades vividas.
Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou
sem lamentar o tempo de separação.
Porque o tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida.
Arthur da Távola.

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