
Desde sempre os conhecemos.
Em bandos ou solitários, nos campos, nas praias, nas cidades, os pássaros lá estão.
Espiam-nos, chamam-nos, provocam-nos.
Às vezes rasam-nos o corpo, sem se deixarem tocar.
Cantam para nos acordar, gritam à procura do asilo nocturno ou aparecem de noite a piar tristezas.
Louvam a vida e pressentem a morte.
Habitam os troncos das árvores ou as moitas rasteiras ou as fragas nas alturas.
Mergulham até ao peixe ou debicam as searas.
Sabem tudo do vento e das tempestades.
Livres, livres.
Tão alto subindo, tão alto, são a nossa inveja, a medida da nossa pequenez.
Nunca os poetas os ignoram.
Ilustram-lhes os versos ou são os próprios versos.
Quem pode imaginar um mundo sem os pássaros?
Licínia Quitério
PS.:Mimo que recebi da amiga Solluacigana...OBRIGADA!!!
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