Ensinem suas filhas e filhos a pegar ônibus logo cedo, primeiro com vocês, depois sozinhos.
Eles vão precisar disso um dia na adolescência ou na vida adulta e mesmo que você seja muito rico e pense que não precisarão, não há como
ter certeza.
Se nunca andaram, terão tendência a ficarem abobalhados, pouco espertos e mais propensos a sofrerem assaltos ou atropelamentos.
Ensinem seus filhos e filhas a andar a pé, porque só se aprende a atravessar ruas andando a pé.
Bicicleta só para recreação, com você carregando o malinha e sua mala rampa acima, não vai dar boa coisa.
Molequinhos e molequinhas precisam saber ir e voltar.
Carregarem seus casaquinhos, bonequinhas e carrinhos faz parte da missão: mãe e pai não são cabides.
Ensinem suas filhas e filhos desde bebês a descascar bananas, maiorezinhos devem saber comer maçã sem ser picada, devem aprender a espremer
um suco no muque, usar garfo e faca, colocar a roupa suja no cesto, lavar, secar e guardar louça.
Assim não serão os malas na casa da tia no dia do pijama. No mínimo.
Ensinem seus filhos e filhas adolescentes a lavar o próprio par de tênis, lavar, pendurar, recolher e dobrar roupas, cozinhar algo básico,
trocar lâmpadas e resistência do chuveiro.
Ensine que isso pode não ser prazeroso como tomar um sorvete ou jogar no celular, mas é importante e necessário.
Ensinem suas filhas e filhos a plantar, colher e entenderem a diferença entre um pé de alface e um pé de couve.
Você pode não acreditar, mas por falta de ensinamentos básicos muita criança se cria achando que leite é um produto que nasce em caixas.
Isso não é engraçado, é um efeito colateral involutivo do nosso tempo.
Não tema o fogo, o fogão, a chaleira nas mãos dos coitadinhos.
Se você não ensinar, eles vão fazer muita bobagem e vão se queimar.
Educar é confiar nas capacidades e na inteligência deles.
É mostrar perigos e ensinar a lidar com perigos.
Eduquem seus filhos para a vida, para capacidades.
Prazer não precisa ser ensinado, é um benefício, um privilégio.
Ter empregada doméstica em casa não deve ser visto e sentido como alguém que vem acoplado ao lar, quase uma "coisa" um "objeto humano" de
limpar e organizar sem parar.
Essas não são dicas moralistas.
Educar para a solidariedade é um ato até egoísta e nada poético.
Ao ensinar coisas básicas de sobrevivência aos filhos, estamos promovendo confiança e capacidade, auto-estima, senso de dever e
responsabilidade.
Evite produzir e multiplicar pessoas que um dia serão adultos entediados, mimados que acharão eternamente que vieram ao mundo a passeio,
sem a menor noção do que é resiliência, inaptos para cuidar de si mesmos e de outros, caso se multipliquem preguiçosamente.
A vida pode ser bela, a vida pode não ser dura para herdeiros, mas ela cobrará sempre, de qualquer um de nós, firmeza e força de vontade.
Isso não é nato, depende de adversidades e luta pela sobrevivência e nada tem a ver com capacidade de apertar um botão ou deslizar os
dedões no Iphone.
Por Cláudia Rodrigues
Presente da querida amiga Celia Maria Cabral,pelo facebook...Obrigada!!!!!
3 comentários:
O ditado diz que pássaro engaiolado não aprende a voar.
Devemos orienta- los e confiar na educação que lhes damos.
Que palavras sábias!!!!
É bem por aí. Mas nem sempre eu fui pro aí. He he he!
Mas pedi para a minha filha ler e aplicar na educação
de nossa Helena.
obrigada pela dica
abraço
Ei querida
saudades de você.
Por aqui seu blog
sempre magico.
Bjins
com carinho.
CatiahoAlc.
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